segunda-feira, 1 de outubro de 2007

O retorno de Cristo - Cristo vai ao tribunal - parte IV

Cristo é finalmente pego por políciais e julgado em um tribunal.
Eis que ele pronuncia as autoridades, quando ele foi preso e fotografado pela imprensa: - O Amor e a Justiça são cegos, mas o ódio e a injustiça só vêem a ambição e o poder.
Eis que o juiz pronuncia: - Então você diz ser o messias.
- Tu o disseste. - responde Cristo.
O juiz fala: - Entre as várias acusações, você é considerado culpado pela destruição da maçonaria e de várias outras ordens religiosas existentes no mundo. Não conseguimos pegar o Maomé, mas tudo indica que ele se aliou a você como mentores da destruição global dos centros de caridade do mundo. Como você se defende?
- Nada mais fiz do que falar a Verdade.
O juiz rebate: - Olha, Cristo, sou mestre maçom, eu estou decepcionado com seu retorno e à maneira violenta como conduziu sua revolução. Eu deixarei que o júri afirme sua sentença.
O júri grita "morte ao acusado!", "crucifiquem esse infeliz!", "cadeira elétrica para esse destruidor da lei e da ordem!". O júri era composto por membros de todas as ordens religiosas e clubes de serviço existentes no mundo.
O juiz ordena: - Calma, calma... Vamos ouvir essa testemunha primeiro. Maria Madalena, 39 anos, auxiliar de enfermagem em um programa de saúde na família.
- Juiz e prezado júri. Esse ser é o princípio da contradição! Ele é louco! Ele é ciumento, me ameaça, e fica pregando paz e amor ao resto do mundo! Ele fica arrotando poder e se gabando do dinheiro que ganha! Covarde, se esconde por trás dessa máscara de bonzinho, enquanto ele me atormenta com seus demônios! - exclama Maria Madalena.
O juiz pergunta: - Ele já lhe bateu ou violentou alguma vez, Maria Madalena?
- Não. Mas ele fica criando perfis falsos no Orkut, me ofende, me agride verbalmente, me chama de puta! Isso é assédio moral e eu não vou permitir isso comigo! Já cansei de levar pedradas dos outros por causa dessa difamação!
O juiz pergunta novamente: - Maria, atenha-se a responder o que lhe pergunto. Ele a agrediu fisicamente ou não?
- Não.
- Você toma algum remédio? Faz algum tratamento?
- Anti-depressivos. Faço terapia duas vezes por semana.
- Considera capaz de julgar de forma clara as coisas que lhe acontecem?
- Nem sempre. Uma legião de demônios me domina e esse que se diz ser Jesus Cristo nunca conseguiu exorcizar!
O juiz pergunta novamente ao júri: - Qual a sentença desse ser que chamam de Cristo?
O júri reafirma na sentença de morte.
- Cristo, o júri lhe condena a morte. Eu o encaminho a cadeira elétrica. - afirma o juiz.
- Qual o seu nome?
- Pôncio. Mas pode me chamar de Pilatos. Policiais, levem ele para a cadeira elétrica.
Cristo é levado a cadeira elétrica. Ele olha para os caifás e mestres de diversas religiões do mundo e grita para Maria Madalena:
- Maria... Sabe que eu merecia pena bem mais leve por algo pessoal, de nossa relação. Quantas vezes quer que eu morra para pagar os pecados do mundo? Esse julgamento não tem fundamento, sabe disso. Quando vai superar essa lavagem cerebral que fizeram em sua cabeça, Maria? Quando irá se libertar desses dogmas imbecis e perder o medo de ser feliz?
Maria olha para o Cristo e diz: - Perdão, mestre! Perdão!! Eu pequei, eu pequei... - e chora.
- Eu não sou seu mestre. Nunca fui. A Voz do Silêncio é o nosso mestre e reside em nossas consciências - e Cristo olha para os outros - E vocês condenam a cadeira elétrica um conceito e conceitos não podem ser condenados. Só podem ser... aceitos ou rejeitados.
Eis que Cristo some no ar. Policiais são chamados, mas não existe mais pessoa para ser condenada à morte, conforme sentecia o juiz Pôncio Pilatos.

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